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segunda-feira, setembro 19, 2011

me ilude com teu silêncio


Ei, encosta tua cabeça no meu colo, me pede um carinho, um cafuné, que eu te dou. Me pede para dizer o que eu to pensando e fala o quanto você gosta de ouvir minhas ideias. Implora por um beijo, para eu poder te dá ao menos um a mais. Me conta sobre como você não quer me magoar e o quanto me acha uma menina especial. Me abraça bem forte e pede para eu ficar calada, porque o meu coração quer falar mais alto e você precisa ouvi-lo. Repete como você ama meu sorriso e como você odeia quando eu emburrada e faço bico. Pede para não me vê triste nunca mais, e me promete pela milhonésima vez que vai fazer de tudo para me vê feliz. Assume, mais uma vez, quanto é grande seu ciumes em relação a mim e o medo enorme que você tem de me perder. Me fala novamente que não vai saber me vê com outro. Vai, por favor, mais uma vez me ilude com teu silêncio

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Quando você me disse que precisava se afastar um tempo, que nem daquela outra vez, e o meu rosto, novamente, banhou-se em lágrimas, meu coração palpitou bem forte, me contou o que sentia, que sabia que você não voltava mais.
Só que preferi acreditar no doce de tuas palavras. Lembro-me bem que você dizia 'pode ser que seja um mês, um ano, dois, três ou mais. Não sei, só preciso me afastar de tudo isso.'
Ah meu amor, me segurei tanto, mais tanto, para não pedir que ficasse; para não lhe pedir que pensasse um pouco em mim, em nós!


Só que tenho em mim amor tão devoto e puro por ti que me vi incapaz de te segurar, balançar teus ombros e te obrigar a lembrar que tudo passa; talvez a tua dor sofrida e dramática me fizesse sentir dor maior ainda que a da distância. Descobri que sou fraca demais para te ver a sofrer.

Por isso, vá meu amor, vá para bem longe; para aonde teus pés te levam e o destino te implora. Vá, seja feliz. Mas não me peça para conter as lágrimas ao te olhar partir e fugir das minhas mãos que te agarraram com menos força que o devido; não me peça para esconder e ficar com o sofrimento só para mim, não exija que até assim eu seja egoísta; não me faça ter de olhar-te com tamanha falsidade feliz, não me obrigue a estar bem e ao mesmo longe de ti, não me force tanto.

Prometo, vez ou outra ir até onde você estiver. Sei, sei - você diz que os meses passam voando e logo chegará o verão, quando poderei ver-te novamente. Sei, meu bem, que esses minutos hão de me ajudar, mas não se esqueça: me deixas-te sozinha no inverno gelado do meu quente coração.

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